Lista

10 Heroínas Feministas Que Fazem os Nerds Machistas Surtarem


Inevitavelmente, temos que reconhecer: o mundo nerd, ou, pra sermos mais "antenados", o mundo geek, sempre foi um tanto machista, principalmente, nos quadrinhos. Ou as mulheres eram retratadas como as eternas donzelas em perigo, ou as poucas heroínas que tínhamos eram hiper-sexualizadas, sempre com proporções avantajadas em seus corpos malhados, e com (poucas) roupas pra lá de sensuais, que, muitas vezes, eram representações de fetiches sadomasoquistas. 

Mas, mesmo que a passos lentos, alguma coisa (mínima, é verdade) está mudando. Claro, as mulheres ainda são super estereotipadas nas HQ's, mas, ao menos, algumas mudanças significativas estão ocorrendo, até com heroínas clássicas. Por isso, e mais do que nunca, os nerds machistinhas estão bem incomodados. O choro, meninos, é livre!


10°
Sonja
Como quase todas as heroínas de histórias em quadrinhos, Sonja foi feita para ser a contrapartida de outro herói conhecido. Foi criada por Roy Thomas para Marvel Comics, inspirada em contos de Robert E. Howard e ligada ao universo de Conan, o Bárbaro, sendo livremente inspirada em “Red Sonya de Rogatino”, do livro de Howard, “The Shadow of Vulture”.E, tudo sendo desculpa para mostrar uma bela jovem num micro biquíni metálico, mas, cujas histórias não diferenciavam em nada do próprio Conan. A coisa mudou de figura quando sua revista passou a ser publicada pela Dynamite Entertainment, com enredos muito bem escritos por Gail Simone, que, inclusive, foi responsável pela reformulação do uniforme da guerreira, diminuindo a grande sexualização que a personagem tinha.



Oscar de Versalhes
Pouquíssimo conhecida por aqui, Rosa de Versalhes é considerada a "Mulher Maravilha do Oriente" em se tratando de ser um ícone feminista. Criada em 1972 por Riyoko Ikeda, Oscar era uma moça que tinha sido criada como rapaz para poder suceder o pai na liderança da Guarda Palaciana, na França pré-revolução. Bom lembrar que ainda hoje, a maioria dos mangás ainda mostra uma visão romantizada da mulher, ao passo, que Oscar quebrou com esse paradigma, mostrando uma personagem forte, que não tinha receio de lutar em batalhas que muitos homens tremeriam. Foi adaptada para anime, teatro e até mesmo para o cinema (só que na França!).



Jessica Jones
A personagem ganhou ares bastante feministas em sua versão recente para TV, mas, nos quadrinhos, Jessica Jones, mesmo não tendo um discurso explicitamente feminista, sempre se mostrou independente, o que já é, por si só, um grande tapa na cara dos conservadores. Primeira personagem do selo Max, criado em 2001 para reunir HQs de conteúdo explícito e sem censura da Marvel, Jessica aparecia numa publicação batizada simplesmente de Alias, criada por Brian Michael Bendis e Michael Gaydos, com desenhos de David W. Mack. Além de palavrões, sexo e violência, os quadrinhos de Jessica Jones foram chocantes ao abordarem certos tabus, como violência à mulher, algo, ainda hoje, bastante incomum nesse universo. Mesmo que um tanto deprimida, a personagem sempre mostrou atitude, não se importando com julgamentos dos outros e seguindo firme seu caminho. Em suma: uma heroína forte, mas, sem estereótipos.



Tempestade
A bem da verdade, qualquer mulher integrante dos X-Men poderia constar nessa lista, pois, todas são muito fortes e totalmente independentes dos demais. O que diferencia Tempestade é o seu total senso de liderança, mostrado sempre que Cíclope não pode comandar a equipe de mutantes. Inclusive, a origem da personagem é bem interessante. Nos anos 70,  editor chefe da Marvel, Roy Thomas queria criar uma equipe internacional de mutantes para atrair mais leitores estrangeiros. A equipe criativa da casa pensou, primeiro numa heroína com poderes felinos. Mas, como já existia no mercado algumas personagens com esse tipo de poder, surgiu a ideia de alguém que pudesse controlar o clima,e foi então que surgiu Tempestade. Por sinal, ela é uma das raríssimas personagens do universo Marvel a ter integrado os X-Men, Quarteto Fantástico e os Vingadores. Poderosa!



Bárbara Gordon (Bat Girl)
Antes de Bárbara, outras já vestiram o uniforme da Batgirl: Cassandra Cain, Helena Bertinelli e Bette Kane. Mas, foi com Bárbara que a personagem ganhou um destaque considerável, principalmente, na história "A Piada Mortal", de Alan Moore, em que fica temporariamente  paraplégica após receber um tiro à queima-roupa do Coringa. No arco atual de suas histórias ela passou três anos se recuperando da lesão, formou-se em psicologia forense na faculdade e tenta viver uma vida típica de uma garota de 20 anos, ao mesmo tempo em que caça um psicopata que envolve mulheres em pornografia na internet. Ah, e é mais uma vez Gail Simone (responsável pela reformulação de Sonja) quem está escrevendo os enredos da Batgirl.



Hannah, Violet, Dee e Betty (Rat Queens)
Aqui, temos nada menos do que quatro grandes personagens femininas, num universo em que, geralmente, predominam as presenças masculinas: histórias medievais de fantasia. E, todas representando típicos personagens pra quem já é familiarizado com a literatura de Tolkien: a Anã Guerreira, a Ladra, a Necromante e a Sacerdotisa Élfica. Tudo com muito humor, carisma e uma boa dose do politicamente incorreto. De fato, a HQ das Rat Queens pode ser considerada um marco dos quadrinhos femininos nessa última década, mostrando cacife pra se tornar referência num futuro próximo. É aguardar.



Kamala Khan
Aqui, a quebra de paradigmas é total, e a personagem já pode ser considerada uma das maiores heroínas de quadrinhos dessa geração, justamente por conta de sua persona inusitada para os "padrões norte-americanos". Ela é uma adolescente nascida nos EUA, mas, muçulmana, de origem paquistanesa e obcecada pelos Vingadores. Não obstante, vive os dilemas de uma educação rigorosa ditada pelos pais e o chamado "american way life". Como se não fosse ousadia o bastante, ela ainda escreve fanfics homoeróticas envolvendo o Wolverine e Ciclope. Lembrando que a personagem é da própria Marvel! Não tinha como uma HQ dessas dar errado.



Suzie Dickinson (Sex Criminals)
Ousadia é a palavra-chave dessa HQ, cuja sua heroína possui um poder um tanto "inusitado": quando tem um orgasmo, o tempo ao redor dela para (!!!). O mais bacana é que a personagem conhece Jon, que possui exatamente o mesmo poder, e juntos, decidem sacanear muita gente (apenas transando!). A história (totalmente surreal) é, obviamente, recheada de muito bom humor, e é muito legal ver uma personagem feminina falando abertamente de sexo, sem pudores.



Mulher Maravilha
Apesar da personagem, irônica e infelizmente, ter virado meio que um fetiche para os machistas de plantão, a importância da Mulher Maravilha para a presença feminina nos quadrinhos transcende todos os limites. Foi criada pelo psicólogo William Moulton Marston em 1941, e até 1947 (ano da morte de Marston), a presença da heroína amazona foi crucial para a quebra do monopólio masculino no universos dos super-heróis. Durante ao anos 60, no auge da revolução sexual, a personagem se tornou ícone do Feminismo, como símbolo de uma mulher guerreira que luta contra a opressão masculina. Com o passar dos anos, toda essa aura foi meio que se perdendo, mas, vem ganhando novo fôlego no cinema e em desenhos na TV, gerando até uma reformulação radical em seu uniforme nas histórias em quadrinhos. Ou seja, a personagem ainda vai dar muito o que falar.



Capitã Marvel
A heroína Capitã Marvel já foi muitas mulheres nos quadrinhos, mas, foi quando Carol Danvers assumiu esse posto, que a personagem elevou o patamar da presença das mulheres nas HQ's a níveis fora do comum. Pra se ter uma ideia, ela faz parte dos Vingadores, é amiga da Mulher-Aranha, e ainda se mostra super fã de Star Wars (deixando muito menino metido a nerd no chinelo). Mas, a grande sacada de suas histórias é quando ela viaja no tempo, e mostras às mulheres de outras épocas que elas também têm direitos, tanto quanto os homens! É ou não é pra incomodar os machistas do mundo geek? He, he...

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