Dica de Disco ("Sudden Death" - Horizont)
Título: Sudden Death
Ano de lançamento: 2020
Artista: Horizont
Ano de lançamento: 2020
Artista: Horizont
A talentosa banda sueca Horisont lança seu 6º disco, e mostra uma baita evolução em seu som retrô
A Suécia é um celeiro bem interessante de bandas de rock, em especial, do gênero heavy metal. Foi de lá que surgiram (só pra ter uma ideia) grupos como Arch Enemy, Bathory, Candlemass, Ghost, Katatonia e Opeth. Sem contar ainda de artistas que fazem um rock mais "direto e garageiro", indo direto na fonte de bandas dos anos 60 e 70, como é o caso dos recentes Blues Pills e Graveyard.
Dos grupos recentes, um que merece destaque é, sem dúvida, o Horisont. Formado em 2006 e contando com Axel Söderberg nos vocais, Charles Van Loo e David Kalin nas guitarras, Magnus Delborg no baixo e Pontus Jordan na bateria, o Horisont já está no seu sexto álbum, e cada vez, evoluindo mais no som.
A indicação aqui é bem simples (mas, não menos empolgante): gosta de Queen? Sweet? E, mais algumas excelentes bandas setentistas com um som características, mas, cada um sendo único em suas especialidades? Então, o Horisont é o grupo perfeito pra se escutar nos dias de hoje. Na verdade, é um que se deve ouvir de todo jeito, especialmente pra quem gosta de um rock direto, muito bem tocado e que dê pra alegrar qualquer festa, puxado mais pra um estilo gram.
O seu mais recente lançamento, o excelente Sudden Death comprova esses predicados. Começa com uma música muito boa pra ser tocada ao vivo: Revolution. Leve e descontraída no som e na atmosfera, é um ótimo cartão de visitas. Algo que se comprova na canção seguinte, a ótima Pushin' the Line, um pouco mais pesada e acelerada, e igualmente ótima pra ser tocada nos shows. A linha harmônica de cada instrumento casa bem com cada momento, formando um todo bastante coeso.
Into the Night, a terceira faixa, segue mais ou menos na mesma linha que as anteriores, com a diferença de ter incursões sonoras diferentes aqui e acolá (como em alguns sons de piano bem colocados no decorrer de sua execução). Não à toa, é uma das melhores e mais longas do disco. Standing Here é um pouco pomposa, não tendo tanto assim a acrescentar no álbum como um todo, mas não é de se jogar fora. Só não está no mesmo nível das demais.
Sem dúvida, Runaway é outro destaque de Sudden Death, e que, inclusive, lembra sua conterrânea, o The Hellacopters. Não é plágio, diga-se. Apenas se inspira nesse rock mais energético, sendo mais uma baita música que cairia bem ao vivo. Contudo, é na sequência, com Gråa Dagar, que esse trabalho chega ao auge. Uma belíssima balada com uma sonoridade viciante. Impossível não "viajar" nesse som.
Sail On, apesar de uma boa canção, é um pouco comum, e, assim como Standing Here, não acrescenta muito muito ao disco, com exceção de um ou outro momento com uma sonoridade um pouco mais diferenciada. Breaking the Chain segue essa mesma toada (uma composição boa, mas, sem grandes destaques), contudo, continua deixando o ouvinte ligado do disco.
A balada Hold On é bem melhor, tendo mais identidade, e sendo um bonito prelúdio para o que vem a seguir: Archaeopteryx in Flight, uma musicaça de mais de 8 minutos de duração, com toques progressivos e uma introdução muito bacana, onde o teclado vai ditando o ritmo. Ah, e só pra constar: a canção é instrumental.
Pra terminar um disco tão puramente rock'n roll, nada melhor do que as ótimas Reign of Madness (que lembra um pouco Iron Maiden, mas com um teclado bem oitentista) e White Light (um perfeito hard rock setentista, e que encerra o álbum com aquele gosto de final de show histórico).
Tivesse duas ou três músicas a menos, Sudden Death seria um trabalho irretocável do Horisont. Contudo, do jeito que ficou, é um disco bem acima da média, e que merece, no mínimo, uma audição completa naquela boa reunião de amigos fãs daquele rock das antigas mais descompromissado e divertido. Algo que, sem dúvida, faz falta nos dias atuais.
NOTA: 8/10
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