Muitas
vezes, nos pegamos pensando em como poderíamos fazer a diferença na vida de uma
ou várias pessoas. O renomado artista Vik Muniz não teve dúvida: resolveu fazer
um trabalho no lixão de Gramacho, maior aterro do mundo, localizado no Rio de
Janeiro. Seu intuito foi retratar o cotidiano dos catadores do local, e
transformar as imagens em arte. No entanto, ele encontrou bem mais do que
esperava.
Esse documentário, muito longe de ser maniqueísta, mostra um pequeno mosaico da vida de algumas pessoas que, na época, trabalhavam no lixão devido a algum infortúnio em suas vidas. Os depoimentos são bastante honestos, e nem um pouco apelativos. A chegada de Vik ao local acaba por trazer uma nova perspectiva para essas pessoas, que passaram a se valorizar mais, e algumas até saíram do lixão devido ao trabalho dos quadros expostos nas principais galerias do mundo.
Esse documentário, muito longe de ser maniqueísta, mostra um pequeno mosaico da vida de algumas pessoas que, na época, trabalhavam no lixão devido a algum infortúnio em suas vidas. Os depoimentos são bastante honestos, e nem um pouco apelativos. A chegada de Vik ao local acaba por trazer uma nova perspectiva para essas pessoas, que passaram a se valorizar mais, e algumas até saíram do lixão devido ao trabalho dos quadros expostos nas principais galerias do mundo.
Detalhe
que toda a renda com a venda dos quadros foi revertida para a Associação de
Catadores de Material Reciclável de Gramacho, possibilitando desde a implantação
de uma biblioteca comunitária no local, até a promessa da desativação completa
do lixão, o que só aconteceu em 2012. E, esse é um dos pilares desse documentário: mostrar a
praticidade de ações cujo resultado se esperava pouco.
O próprio Vik Muniz veio de uma comunidade carente em São Paulo, ou seja, só o
seu exemplo já seria suficiente para reforçar certas ideias. Porém, e
sabiamente, "LIXO EXTRAORDINÁRIO" não tem um personagem principal;
todos são. E, a mudança real na vida de alguns catadores mostra que é possível
realizar certas ações de melhoria, por mais difíceis que pareçam.
Sem
ser piegas ou didático, esse documentário retrata bem mais do que a vida no
lixão, mas as transformações na vida de quem, um dia, precisou do lugar para
sobreviver. Ou seja, dignidade em estado bruto.
NOTA: 10/10
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