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9 Pequenos Grandes Filmes Baseados em HQ's

Hammer I Miss You: Oldboy (2003) | Filmes, Tarantino, Sétima arte

Quando se fala em histórias em quadrinhos, geralmente, o que vem à mente são seres superpoderosos e, inevitavelmente, muita história clichê. Esquecemos que o que não falta é quadrinho adulto de ótima qualidade circulando no mercado, e que, mesmo quando o tema são "heróis", às vezes, o tratamento é bem incomum e até subversivo. E, o cinema vai na mesma linha, aonde, em muitos casos, adaptações de "revistas obscuras" são bem melhores do que os blockbusters de Batman e do Capitão América. Esta lista faz jus a essas pequenas pérolas que, mesmo baseadas em quadrinhos, possuem um "quê" a mais do que as superproduções.



"Constantine"
Muita gente chiou com esse filme devido às "liberdades poéticas" em relação à história original. As críticas foram desde o enredo em si, até a fisionomia do personagem. Mas, sejamos francos: "Constantine" é um filmão, com atuações acima da média, história redonda e um clima muito bem estruturado. Claro, o personagem merecia uma produção ainda melhor, mas, ainda assim, a adaptação cumpre (bem) o seu papel sem agredir a nossa inteligência.



"Blade 2"
Muito antes dos Guardiões da Galáxia e Jéssica Jones, outro personagem relativamente desconhecido da Marvel ganhava uma baita produção. Nessa continuação (que é melhor do que o primeiro), o cineasta Guilhermo Del Toro pôde ter mais liberdadev de trabalhar, construindo uma trama cheia de estilo, e ainda tendo um ator perfeito para o papel do protagonista: Wesley Snipes.



"O Corvo"
O filme do Corvo virou um verdadeiro "cult" após a "morte acidental" de seu ator principal: Brandon Lee, filho da lenda Bruce Lee. Mesmo com o hype formado em torno da produção devido a esse acontecimento trágico, a adaptação para cinema do personagem é bastante fiel aos quadrinhos originais, passando para a tela grande todo o clima sombrio da história. Por sinal, esqueçam a continuação fajuta feita anos depois.



"30 Dias de Noite"
Falar de filmes de vampiro hoje é remeter diretamente à moda que se tornou a saga Crepúsculo há alguns anos. Porém, longe de todo o romantismo, esta adaptação de um fantástico quadrinho de terror, coloca os seres bebedores de sangue quase como animais selvagens, em um longa verdadeiramente assustador. A produção é de Sam Raimi, o mesmo de "A Morte do Demônio" original, o que ajudou, e muito, na caracterização sombria da história de "30 Dias de Noite".



"Estrada para a Perdição"
A graphic novel original de "A Estrada Para a Perdição" foi lançada em 1999, e logo teve os direitos para adaptação no cinema comprados pela Dreamworks. O diretor Steven Spielberg foi o primeiro a ser cotado para levar a história às telas, mas, coube mesmo a Sam Mendes, vencedor do Oscar por "Beleza Americana", comandar esta bela história de redenção, onde temos atuações impecáveis de Tom Hanks e Paul Newman, além de uma parte técnica primorosa. Filme de gente grande.



"O Pequeno Nicolau"
René Goscinny e Jean Jacques Sempé são mais conhecidos por serem os criadores de Asterix, sem dúvida, um dos melhores entretenimentos infantis de todos os tempos. O que pouca gente sabe é que a dupla não produziu apenas as fantásticas histórias do simpático guerreira gaulês, mas, também foram autores de tantas outras obras fascinantes, entre elas, Nicolau. O filme "O Pequeno Nicolau" não é só uma mera adaptação de tirinhas para o cinema, mas, antes de tudo, é uma bela homenagem à toda obra de René e Sempé



"Marcas da Violência"
Pra falar a verdade, o diretor David Cronenberg sempre teve um apreço pelas histórias em quadrinhos, mas, foi com a adaptação de "Marcas da Violência" que isso ficou claro de vez. Talvez o melhor filme do cineasta na década passada mostra Viggo Mortensen como um pacato pai de família, cujo passado vai sendo revelado aos poucos. Tudo no filme é seco e brutal (como uma boa HQ para adultos tem que ser).



"Sin City - A Cidade do Pecado"
A versão de "Sin City" para cinema elevou a palavra "fidelidade" a um patamar nunca antes visto. Não que toda a obra de Frank Miller não fosse cinematográfica por natureza, porém, o que o diretor Robert Rodriguez fez foi um primor, transportando para a tela grande toda a aura de violência, solidão e ironia da Cidade do Pecado. Tudo unido a uma técnica inovadora de captação de imagens, que praticamente transformaram as cenas num "quadrinho em movimento". Simplesmente, fantástico.



"Oldboy"
Os mangás japoneses começaram a ter destaque há alguns anos atrás, chegando a competirem com o poderoso mercado norte-americano. Com uma escrita densa, histórias por vezes muito sombrias e personagens muito bem escritos, eles serviram como uma "válvula de escape" para o leitor que sempre buscava algo diferenciado. E, para o cinema, uma das mais impressionantes passagens de um mangá para a sétima arte foi o violento, cerebral e perturbador "Oldboy", num estilo que ainda serve como referência para muita produção feita hoje em dia.


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